26.11.08
para viver.
trabalho de preguiçosa:
esperar encontrar correspondências diretas entre o "de fora" e o "de dentro".
na espera, vivo a desarticulação destas correspondências.
afinar pode ser desafinar.
[um dia me encontro com o desencontro.]
21.11.08
o "por fora" e o "por dentro"
Como querer ser especialista (de mim mesma),
sem poder ser especialista do mundo (exterior), que também está em mim?
o de fora dentro, nenhum deles plenamente conhecido.
sem poder ser especialista do mundo (exterior), que também está em mim?
o de fora dentro, nenhum deles plenamente conhecido.
13.11.08
fuga em disparada
depois de decidir fingir a vida [que se leva], pode-se realmente continuar fingindo?
[você levou a vida exatamente do modo que desejou levar,
nada fantástico, e nem inconsolavelmente decepcionante.]
a fantasia é alegre e de certo modo reconfortante.
um dia, inadvertidamente, nada mais faz sentido.
nada.
vazio.
vida morte.
a neurose é apenas um momento, quero neurose tranqüila pra refletir.
nada faz sentido.
[ não há nada aqui. ]
acreditar é um desejo profundo.
vontade potência.
depois de decidir fingir, pode-se realmente continuar fingindo?
seria bonito pensar que não.
mas sempre se pode se acostumar.
talvez não sem matar
um dos que temos por dentro.
ou fugir correndo, em disparada, em desespero.
desespero salvação.
histeria salvação.
creio que há uma lucidez na histeria.
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