nunca existe, mas sempre uma tentativa.
Tenho me sentido como uma criança.
Nada pueril, mas alguém que está no mundo muito jovem.
entrando, agora.
definitivamente, nos últimos meses, algo se perdeu
[algo que queria muito perder].
não sei para onde foi.
às vezes penso receosa que está em minha mãe.
às vezes fantasio que o que está perdido escondeu-se de mim.
virá agarrar meus pés à noite.
tomará conta do meu corpo aos olhos dos outros mais rápido do que poderei me dar conta.
[a saber: sempre foi assim, por isso talvez a paralisia me assaltava]
são só temores ligeiros. sonhos do qual sempre desperto.
rapidamente e sem susto.
curiosamente, a calma presente no fundo dos meus olhos combina com o estado infância que tem se mostrado sob o sol dos meus dias recentes.
me sinto diante do mar, do horizonte infinito-indefinido.
pronta para me perder.
com a clareza absurda de quem está muito bem onde está.