13.11.08

fuga em disparada



depois de decidir fingir a vida [que se leva], pode-se realmente continuar fingindo?

[
você levou a vida exatamente do modo que desejou levar,
nada fantástico, e nem inconsolavelmente decepcionante.]


a fantasia é alegre e de certo modo reconfortante.

um dia, inadvertidamente, nada mais faz sentido.
nada.
vazio.
vida morte.

a neurose é apenas um momento, quero neurose tranqüila pra refletir.

nada faz sentido.
[ não há nada aqui. ]

acreditar é um desejo profundo.
vontade potência.


depois de decidir fingir, pode-se realmente continuar fingindo?

seria bonito pensar que não.
mas sempre se pode se acostumar.
talvez não sem matar
um dos que temos por dentro.

ou fugir correndo, em disparada, em desespero.
desespero salvação.
histeria salvação.

creio que há uma lucidez na histeria.


1.10.08

formigas e as palavras-nada.

as palavras-nada podem ser simpáticas como certas formiguinhas.

ou simplesmente estar estorvando pelo caminho, merecendo um chega-pra-lá.

30.9.08

e existem as palavras-nada.

palavras nada palavras nada palavras nada palavras nada palavras nada palavras nada palavras nada palavras nada palavras nada palavras nada palavras nada palavras nada palavras nada palavras nada palavras nada palavras nada palavras nada palavras nada palavras nada palavras nada palavras nada palavras nada palavras nada.

17.9.08

Para o encontro. Abismar-se



fugir dentro do fugir, adentrando-se, e nesse adentrar, abismar-se.
até que de tanto entrar: fora.

- para o espaço, para completamente qualquer lugar, para o outro dentro.

no outro dentro vive o encontro.

e o desencontro, se não encontro.

vive a espreitar.

eternas possibilidades fora da fuga, na fuga da fuga.
fuga escape.

estratégia de viver, para adensar-se.