21.5.09

De uma dispersão.


não se trata mais de criar certezas.

mas de questioná-las, repetidamente.

de modo que os planos viram questões de múltipla escolha.

Disse certa vez: enganar-se como estratégia para viver.

Mas percebe de assalto, emborcada num perigo mais grave:
[que assalta a consciência de repente, mas corroi pelas beiradas]

desenganar-se como estratégia para não viver.

estratégia perversa.
uma erva daninha, que brota inesperadamente.

crescendo sem consentimento, vizinho indesejável.

se sou planta, nada faço.
se faço, tenho de expulsar logo.


Como os desejos viram ácido no estômago?


às vezes parece que o ácido cresce no lar sem sol.
num pote tampado. mofado.


Só que os raios, como boas setas, direcionam e dispersam.

...............

Talvez, toda a questão, se resuma à qualidade das pausas.

2 comentários:

Mariana K. disse...

Pri: MUI-TO BOM.

Leio, e releio, e releio...

Beijos pra ti querida!

Priscilla Zanini disse...

:D