9.7.09
há um sentimentalismo muito forte em todas as não-ações.
Uma força centrada, que termina no estômago.
onde começa?
uma invasão e a pele aberta, os poros alargados, alertas.
irracionalmente alertas.
um copo d'agua nebulososo.
basta tomá-lo para que a falta de discernimento comece.
o vapor sobe para a cabeça. torna a vista embaçada.
ferve os nervos, congela os atos.
como voltar ao ponto anterior? como fechar os olhos e ficar perceptivamente quieto, fazendo da não-ação uma estratégia?
será que depois de fechar os olhos, se abrirá um novo mundo ao meu olhar?
posso obscurecer turvamente tudo o que existe à volta.
como se pintasse a tela com solvente.
da tela plana, olharei na direção oposta.
aí sim, um novo mundo.
na verdade o mesmo, para o qual nunca havia olhado.
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