talvez o único caminho eficiente para se adquirir certas habilidades seja enganar-se.
fingir ser um outro, forjar habilidades que vêm de fora, pois não as possuímos.
fingindo constantemente, talvez um dia me torne de fato outra pessoa.
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uma questão:
se estas habilidades não estão em nós, onde estão?
como controlar certas forças numa espiral: de fora (no mundo) para dentro (em mim)?
perguntar-se como, não é obsessão por uma resposta.
é antes um exercício de busca.
cavar por todo o lado, fazendo uma bagunça absurda.
a terra vira trincheira.
depois vou caminhar tanto que os montes de terra se tornarão planos novamente.
e terei desparecido de vista.
por ter ido embora ou de tanto estar presente na mesma paisagem?
(caminhar é exercício de perder a pressa, é insistência).
podemos passar a vida insistindo por certas coisas.
só o tempo nos apontam as tolices, a desaparecer como memória desgastada.
as outras, ou aguardam o ponto de chegada ou se transformam.
sua força e importância é luz que se enxerga de longe.
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