O primeiro passo é o salto no escuro.
A queda-livre é curta.
Não reconhecemos o entorno, as sensações se confundem na vertigem.
Aterrizar é chegar é de fato?
O reconhecimento é lento e nublado como a vertigem.
Reconhecemos enquanto agimos, o ato de viver parece incerto como o passo seguinte, enquanto a neblina não se desfaz.
A vantagem de viver na neblina é a novidade a cada passo,
A novidade do que já parecia tão antigo, tão sabido.
Viver na neblina é aprender nas velhas manias, é revisar o viver.
Com o olho novo, quem sabe não reconheço algo que sempre esteve ali, algo que nunca havia percebido.
É cansativo saltar todos os dias...
(então aproveite o salto diferencial!)
Vertigem é deleite.
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