estar entre os seus, estrangeiros, todos eles.
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o não-lugar como ponto zero.
o não-lugar como espaço de estar. zero como o lugar, olhos abertos, copo esvaziado.
toda a intensidade vivida no não-lugar nos atravessa como a uma holografia.
intenso, vívido, etereo.
permanente depois de vivido.
surreal na pele.
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como se situar no não-lugar?
e, se isso soa tão simples e espontâneo, como situar-se aos lugares?
[os de sempre, em que vivemos]
como voltar para o real ludibriado, deixar aquela não-casa para trás?
minha casa é o lugar em que nunca estive. minha casa é viver o lugar como cada não-lugar. estrangeirismos...
ser estrangeiro nada mais é do que olhar de fora. dentro.
o não-lugar é lugar do impossível, de estar em todo canto, de ver enquanto vive cego, o olhar zero a cada dia.
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vou estar impossível, e tão real que os dias não vão se dar conta de que me mudei.
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