Não sei
quantas voltas ao mundo possa ter dado nessas semanas sem horas, náufrago de um
horário desnorteado que me lembra quando adoecia na infância e o ar era imortal
então, aqueles dias que logo voltaram para mim porque talvez nunca tenham ido
completamente, estiveram sempre aqui, como um valioso tesouro enterrado no mais
fundo da última gruta do deserto.
*Enrique Vila-Matas em Ar de Dylan, Cosac Naify, 2012.
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