11.8.13

o encontro desaparecimento

[ou: por uma arqueologia interna submarina]




a arqueologia:
há pirâmides no deserto como no mar:
* Foram descobertas pirâmides de cristal no triângulo das bermudas. 
se o triângulo é potência, a pirâmide é catalisadora de energia. 
Se pode sincronizar o tempo dos relógios, poderia dessincronizar o mar?
seu vórtice é redemoinho, engole os navegantes da tensão superficial.
...



submergir para o encontro:

a pirâmide que tem a base na terra mais profunda, envolvida nesse ar turvo,

nesses mares de densidade inexplorada.

somente os peixes abissais e suas lanternas solitárias conseguem navegar.


os navegantes das superfícies são distraídos em alegria

na falta de profundidade que só a leveza mais ensolarada e inocente pode habitar.
navegantes que procuram o sol se esquecem de olhar para a densidade desconcertante desse mar.

cegos de sol, esquecem daqueles redemoinhos muito internos que nos sugam para dentro de si.

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a ponta da pirâmide é o princípio do redemoinho.
a espiral que turva os olhos cegos de sol,
esquecidos de olhar para a profundeza muito azul de melancolia e mar.

o mar.
aquele horizonte tão distante.
a luz contra o olho, flare de amor e ar.

...


se eu for abduzida para o meu íntimo,

como retornar?
[o fôlego tem a vida curta, o ar e a vida estão na superfície solar].

...


se há pirâmides no mar como no deserto,

há o oásis no mar?
[a cura do deserto é uma ilusão].

mas, antes de tudo, navegar.

a busca deve ser tão ensolarada quanto profunda.
não importa se caminho os desertos, não importa se navego a profundeza  inteira,
o encontro existe mesmo dentro do olho mais turvo.

[quero ser peixe abissal de olho de flare, 

o olho sempre no horizonte muito interno de sol e mar].

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*escrevo poéticas em troca de notícias, como esta aqui: 
**isto também poderia ser sobre: Cavity Structural Effect e Cristais Piezoelétricos

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