Às vezes tenho certeza de que gosto mais dos sons graves pela qualidade algo grave dos sons densos.
Sons agudos são ligeiros e doloridos, nos tocam em superfície ou em brevidade.
Os sons graves são rebeldes em sono profundo.
Possuem o caminhar pesado, e a gravidade das palavras não ditas.
Sons graves confundem-se com mais facilidade.
E toda vez que me perco no som estou no mar.
Quero ser peixe abissal, perder-me em profundezas.
Quero que uma pequena luz me guie em mundo infinito.
Os sons graves me confortam, estou na cama.
Dormir em ondas, viver anos sem encontrar os outros.
Afundar-se, encontrar-se.
Só consigo falar nas profundezas, sons indistintos chegam à superfície.
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