7.7.08
ensaio para dias nulos.
Mulher devastada.
Perdida nas noites de luzes e sons ofuscantes.
Cidade particular de ritmo invertido.
Perco a conta dos meus dias, no exercício de esquecer, tornando-me outra.
Devastada. Sentimento encontrado no fundo do mergulho.
As cores se confundem e se perdem no profundo da noite. e ainda vejo o azul violeta chegando, num movimento silencioso: os olhos caem antes do dia.
...as tardes transcorrem como um dia distante. transeuntes transitando, uma porta fechando. uma mão leva a xícara à boca, um leitor absorto, o sinal que abre e fecha.
Apagamento, diluição. Olhar com distância para não sentir dor.
a dor dos outros dói menos.
E apenas outros. Não estou aqui, nem em lugar algum.
Assim, perco-me, estou a salvo. Apago progressivamente...
.percorro o limbo, não lugar.
Um dia regresso. ou recomeço.
recomeço-regresso de quem sou.
dias escorrem, esmaecidos.
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tanto tempo passou. parece que foi ontem, parece que foram-se anos...
Nada acontece. Tudo se sente.
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